quinta-feira, 22 de julho de 2010

RAMA RASTEIRA




como o espelho
dos versos de Sylvia Plath,
a fera fome e,
os versos de Bandeira,
a voz engole a vez
da prosa inteira.

o contorno da rama,
suspende a hera
e dessa rama fez-se
a doida flor rameira

lembro-me bem
do vigor da danada,
a súcia de olhos acres,
a esculpir o chão,
só para ver se vinga o talo,
numa laje de caramanchão.


Nina Araújo.

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