domingo, 24 de abril de 2011

CATAPULTA





















Bendigo a catapulta,
que sobrevoa o abismo,
e o braço amigo da orfandade,
o espaço farto do abrigo,
o cheiro forte da amizade.

O gesto invicto de maldade,
a posse de não ter posse alguma,
o dono e o cão unidos na cidade,
e a fome que encontrou a grande sorte.

Bendigo a catapulta,
que expande os ossos,
e o espanto que dá luz a liberdade,
a queda prematura do egoísmo,
e o verso encavernado nesse abismo,
da gente que revive em toda idade...


NINA ARAÚJO

2 comentários: