CABANA
No céu da tua língua,
ouço o trino,
do beijo mavioso.
Ah, que gostoso é,
despentear os teus cabelos!
Enrijecer estes pêlos,
como quem expõe ao mundo,
as vigas da paixão.
Por mim, nenhum dia despertaria,
apenas o tempo largado,
no interior duma cabana.
E as estrelas em festa,
o ar por entre as frestas,
e os corpos molhados,
de suor e sanha.
NINA ARAÚJO
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