O que diria a Grande Ursa, se eu armasse em tua blusa, uma grande combustão, seduzisse pele a pele, afogueando teus olhos, até sitiar a razão.
E na intepridez dos anseios, como o artista da vida, dando espetáculo na rua, pelos corpos fumegantes, reféns da paixão atrevida, entre a chuva e a lua.
Bendigo a catapulta, que sobrevoa o abismo, e o braço amigo da orfandade, o espaço farto do abrigo, o cheiro forte da amizade.
O gesto invicto de maldade, a posse de não ter posse alguma, o dono e o cão unidos na cidade, e a fome que encontrou a grande sorte.
Bendigo a catapulta, que expande os ossos, e o espanto que dá luz a liberdade, a queda prematura do egoísmo, e o verso encavernado nesse abismo, da gente que revive em toda idade...
seu miné lá da Aroeira caducava só di pantim o cabra lendu seus zóios pensava nu bichu ruim achava a prosa verdadêra (apois vancê espiá...) o hômi latia de cuatro fazia fogo cum água xingava a mulé do ferreiro proseava tudo ao contráriu inté mangava das véia coçando o fiofó de escárniu modi mostrá valentia pegava num tôco adiante fazia dali u'a garruncha e fingia sê um volante dessis cum vista di pulga qui atirava pra todu lado onde tivesse um cristão errante danado atrás dum jagunço qui era só no imagináriu dizia mirá no batente um Lampião acochado vestido só de tridente e cum capeta dus lado Avi Maria! Avi Maria! modi fabricá o fundurço! seu miné relava neli Lazarentu! Zarôio! Dentuçu! e fazia um rito de assômbro qui era modi pesá o discurso seu miné dava leseira que era só pra ri da mófa du enxame de genti da roça sorrindu sem serventia enquanto ele só na galhofa tinha quem na confiança das suas palavras tortas grudava us zóios vidrado nem pensava qui era troça e ele nu olhar de abestado assoava fundo e dizia; discurpa! tá tudo erradu! vancês foram inganado! sô o Miné lá do Entrocado! mi adiscurpa e muito obrigadu!!