A MANHÃ DO POEMA
Amanhece,
tônus de tez fresca,
rosto sem esperas,
ou verdugos.
E ninguém ouve os urros,
do ventre que vibra,
até o avesso,
para acordar um olhar !
Amanhece,
entre as frisas dos poros.
e em que pese a pausa,
de palma e poema,
na voz delirante,
do inquilino a bisbilhotar...
A vida valsa com o verso arfante,
e invade um coração para morar !
NINA ARAÚJO
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